segunda-feira, 3 de outubro de 2011

o Guns (me fuck) n' Roses



Eram 2h40 da manhã desta segunda-feira, quando eu despertei da minha soneca pré Rock in Rio na esperança de ver, ao menos pela TV, o que seria mais um momento épico na história musical dos marmanjos de plantão: A apresentação do GUNS N’ ROSES!  Confesso que, pela chuva que caia na cidade maravilhosa, achei os caras muito “cabra-macho” pra encarar a parada de subir no palco e encerrar a edição de 2011!
É certo também que, nem eu nem mais ninguém, esperávamos que o líder e vocalista Axl Rose aparecesse no palco no melhor da sua forma, ou mesmo desfilasse com as bermudinhas e badulaques que caracterizaram a persona do “figura” na memória dos fãs, mas a falta de empolgação dele e do resto dos guners foi, para não dizer melancólica, broxante.
A parada começou com o homônimo do último disco da banda (Chinese Democracy).  Este disco demorou tanto pra ser lançado que eu mesmo, que sou fã, mal conhecia as suas melodias.
Há tempos Axl Rose não atinge mais os agudos do auge da sua voz, mas desta vez, nem aquele rasgado que aprendemos a gostar ouvindo o “LIVE ERA” ele arriscou soltar. Ao invés disso, preferiu optar por um falsete fininho que nem o pior de seus imitadores conseguiria fazer. No final de “November Rain” então, nem a letra ele lembrava mais.
Foi frustrante ver o baterista tendo que, em meio a longas pausas de uma música pra outra, bater no bumbo pra chamar a galera pra gritar o nome da banda. Covers intermináveis de “Sunday bloody Sunday”, do tema do filme “A Pantera Cor de Rosa” e de “Baba O’Riley”, do The Who fizeram a mega banda parecer bandinha de iniciantes que não tem um repertório bacana e precisa apelar pra música dos outros. “Knocking on heavens door” só teve a interação do público porque é uma música que sempre pediu isso quando tocada ao vivo, mas nem de longe chegou a causar os arrepios de outrora. A não ser de frio para os mais de 100.000 brazucas ensopados que testemunharam a coisa.
As músicas, mesmo os hits, não tinham nenhuma empolgação. Axl, parado na maior parte do tempo, olhava pro vazio, na chuva, como quem pensava: “Caralho, cadê o Slash, o Duff o Izzy e o Matt?” “Que merda que eu to fazendo aqui?”
A performance vocal pífia e as novas baladas sem graça, transformaram a apresentação num martírio auditivo. Não fossem os principais hits dos anos 80 e 90, eu não teria ficado até as 5h da matina vendo os caras passar vergonha debaixo d’água! A banda é hoje, sem dúvida nenhuma, apenas uma sombra do que foi um dia, e os músicos parecem fazer cover da sensacional banda de Rock de duas décadas atrás.

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