sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Dicas de namoro - parte 3 (e zéfini)

A terceira e última etapa dessa trilogia dos relacionamentos é sobre os matrimoniados.
É certo que experiência física para revirar as entranhas do assunto me faltam, pois ainda não cheguei às vias de fato. Nestas próximas linhas, entretanto, falar-vos-ei sobre tentar levar a enrascada em que você se meteu da melhor forma possível.
O termo "recém-casados", apesar de soar como se os envolvidos fossem feitos de velcro e só pensassem em pular na cama feito uma dupla de coelhos, em nada se assemelha aos recém namorados. Há casos em que esses podem vir de um relacionamento de décadas e, quando consumados via enlace matrimonial, perdem a graça. Trocando em miúdos: você deve conhecer algum amigo que namorou 12 anos e se separou antes de terminar de pagar as alianças.
O fato é que, por mais que saibamos, quando observamos matrimônios alheios, que o cotidiano esfria o relacionamento e o amor tende a se esvair pelos dedos anelares, acreditamos (mesmo assim) no juramento que fazemos à autoridade religiosa sobre juras de fidelidade a qualquer preço, até que o óbito coloque ponto final na parada. Acredito que há de chegar uma época em que esta frase será melhor descrita assim: "Até que a morte (do amor) nos separe". Mas, como pimenta nos olhos dos outros é refresco, logo vem na mente dos otimistas noivinhos: "comigo não mermão, o meu é pra valer"!
Hoje em dia os relacionamentos ditos eternos estão cada vez mais ligeiros. As juras de amor que fazemos parecem ter prazo de validade. Qual o motivo disso? Perdemos a inocência? O just in time* do trabalho nos faz pensar que não é mais possível, ou interessante, aproveitar um pôr-do-sol com a pessoa amada? A facilidade de se conhecer pessoas (online ou não), transformou encontros em passatempos? O sexo "casual-que-só" serve mais para desestressar do que para enternecer?
A resposta é: Tudo isso! Tudo isso e mais... pois ainda tem a parte da separação. Com ou sem filhos, existem três situações em que você sabe se uma pessoa é confiável: quando a pessoa amarra um porre, quando você lhe empresta grana e quando você se separa dela (ou dele, vai). É my friend*, acredite, pessoas fazem absurdidades quando não aceitam que a vaca foi pro brejo.
Mas calma, não pense que eu vou só falar mal da coisa neste texto, não! Matrimônio pode ser bacana. E é lindo quando dá certo. Você, e 99,9% do planeta, lembra dos velhinhos simpáticos de comercial de tv caminhando de mãos dadas com olhares meigos pela vida toda quando ouve a marcha nupcial de Wagner. Eu também invejo esses goddamn lucky old people*. Então mané, faça por merecer! Faça valer cada dia com quem você escolheu pra dividir o apê, o toalete e o sobrenome.
O sentido de responsabilidade, de família, de lealdade, de tolerância e auto controle você aprimora com o casamento, mas para que isso exista, conheça bem a pessoa com quem você quer ficar até o fim dos dias. Leve seu tempo de namoro a sério. Três meses de namoro não são suficientes para conhecer uma pessoa por completo. Na verdade tempo nenhum é, mas um ano é um prazo (que eu considero) ideal para se começar a pensar em vestidos brancos. Não case por filhos, não case por dinheiro (hum, esse é feio), não case por pressão e, por fim, não case por piedade! Quando você tem certeza do que quer já existe a possibilidade de não durar. Se você entra com dúvidas, ou quaisquer desses exemplos, já aceitou o insucesso.
Case com sua companheira, não com sua companhia! Case com sua a cara. Com a sua metade! Case com a família, com os vizinhos, com o gato e o cachorro. Case com o sexo. Case com o amor. Case com as contas pra pagar, com as febres pra baixar. Case com as discussões, case com os perdões!
Entenda, por fim, que essa outra pessoa vai lhe trazer o que você gosta e o que você não gosta. E você vai ter que empurrar muita coisa com a barriga ou guela abaixo ao longo da jornada. Pense que sorrisos, bilhetinhos, e mensaginhas são bacanas a qualquer tempo, mas achar morango em pleno inverno, ouvir attaboy* quando receber aquela sonhada promoção ou pour baby* quando tomar um corte na empresa; dividir as contas e um sanduiche; apertar o cinto e apertar o abraço, é muito melhor! É quando nos damos conta que nos tornaremos aquele casal de velhinhos simpáticos que eu citei antes. Quando sabemos exatamente o tamanho de nossa alma. Afinal, o casamento é a união das almas. E tudo vale a pena quando a alma...  (ah, essa você sabe!)

* Tradução dos termos? Procura no Google Zé!

Um comentário:

  1. Nossaaaa!!!!

    Que texto heim....esse SIMMMMM

    gostei de cada palavra kkkkk mas tb não vai ficar se achando heim...mas esse valeu ler cada palavra ...Parabéns

    bjus Dani bom FDS bora beber tds kkkkk

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